quarta-feira, 13 de abril de 2011

Em busca de um acalmante.

Vila Tiger, 10/02/2350

Entre as belas detalhadas esculturas desta vila, onde talhada manualmente esculpi detalhes da nobreza encravadas por todas as construções, no hospital da Vila Tiger não é diferente, é aqui que encontramos Carla, uma Leopardis, uma estagiária do hospital, no balcão de atendimentos do primeiro andar, olhando alguns relatos de alta antigos, afinal faz tempo que alguém não é internado neste pequeno hospital de 5 andares que é a maior construção dessa vila.

"Estranho" - Pensava Carla ao olhar para os papeis - "Sebastian não está dormindo nos bancos a essa hora, será que aconteceu algo" - Carla olhava para o teto por um momento, quando levantou da cadeira e caminhou em direção as escadas - "Será que pela primeira vez ele foi parar no escritório? Não, seria milagre de mais"

A Jovem Leopardis em seus18 anos de vida, desde os 8 estava vivendo com seu guardião legal Sebastian, um Leonis, médico principal do hospital, alias sendo o único do mesmo já a alguns anos. A jovem Leopardis começou a olhar de quarto em quarto procurando Sebastian um médico preguiçoso que de repente teria  adormecido em um deles, olhava nos quartos do segundo andar, ele não estava, olhava nos quartos do terceiro andar ele não estava, olhava nos quartos do quarto andar ele não estava, olhava nos quartos do quinto andar, ele não estava, só restava olhar o escritório de Sebastian no final do quinto andar onde calmamente se aproximou  e olhou pela brecha da porta Sebastian ali debruçado sobre a mesa com papeis na mão e uma espécie de caneta na outra.

-- Com licença Sebastian está tudo bem? - Indagava Carla com um certo tom de confusão.
-- Não me incomode Carla estou trabalhando - Respondia Sebastian, que amassava uma bola do papel e jogando na lixeira.
-- Certo, Sebastian... - Carla encostava a porta do escritório de Sebastian e voltava a recepção onde ficava apoiada no balcão de mármore com uma das mãos.
"Estranho, ele trabalhando, vai ver que finalmente ele deixou a preguiça de lado, não, vou conferir"

Novamente a jovem Leopardis retornava a porta do escritório de Sebastian, onde mais uma vez abria lentamente e indagava.
-- Sebastian, você está mesmo trabalhando?
-- Sim, por que? Será que é um milagre eu trabalhar - Amassava outro papel e jogava no lixo, já frustrado.
-- Sim é, mas não vou incomoda-lo mais - Dizia Carla já fechando a porta não esperando a resposta do Médico Leonis.

E durante a tarde inteira esse processo Carla repetiu ainda não acreditando no que Sebastian estava fazendo até que parou na recepção mais uma vez olhando para o teto. 

"Ele está realmente trabalhando, acho que ele merece o devido respeito meu dessa vez, vou fazer a faxina da tarde, eu não ia fazer, mas depois do que vi tenho que fazer." - Pensava Carla.
Carla já começando a limpar o primeiro andar, o segundo andar foi o próximo, até que já no final da tarde novamente estava na porta de Sebastian, e olhava através da brecha da mesma, Sebastian havia adormecido sobre um papel e a caneta estava no chão, e a lixeira, cheia de papeis, Carla entrou calmamente sem fazer barulho, pegando a lixeira e saindo da sala.

"Ele merece dormiu de tanto trabalhar, não vou ficar batendo no coitado hoje, por ele ficar dormindo em qualquer lugar..." - Carla sentia um remorso pelas coisas que havia feito no passado.

No primeiro andar ela chegava, ia-se caminhando para fora do hospital esvaziar a lixeira, quando esbarrou no balcão, devido a um desequilíbrio, causado por uma dos papeis amassados que caia da lixeira. A lixeira caia esparramando os papeis ao chão, onde um dos papeis, ela via parte da mensagem escrita, ela na curiosidade abria o papel para ler o resto da mensagem, coitado de Sebastian...

-- SEBASTIAN! - Carla pegava a vassoura que estava ao lado do balcão e ia subindo as escadas a passos fortes -  EU PENSEI QUE VOCÊ ESTIVESSE TRABALHANDO! 

Carla finalmente ia atrás de Sebastian, mas o que estaria escrito no papel? Uma leve brisa entrara pela porta aberta do hospital espalhando os papeis ainda mais e um deles ficava preso de baixo dos bancos da recepção, e se via escrito:
"Tentando encontrar uma cura, para a minha estagiária sempre irritada, que parece estar sempre de TPM Carla..."

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